terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Paulatinamente

Quando os meus chãos se diluem,
Penso que é tudo puro charme; tudo prosa.
Diante de você, tudo é nada, e o rio, que emperrou:
Corre...
Visite-me para que eu possa reviver
Quintas,
Sextas,
Feriados.


Abra o meu silêncio frígido
Com a chave íntima que moldamos com a tua leveza,
Com o meu escárnio,
E com o nosso espanto sincero.


Bruta.
Mas, flor.

sábado, 28 de novembro de 2009

Tec, tec, tec-4 horas.

Hi!
E aêeeeeeeeeeeeee!!
Antes só do que mal acompanhado.
A história de Lilly  Braun.
Você vai vir que horas?
Estávamos felizes neste dia.
Qual é a boaaaaaaaaaaaaaaaa??
J
Mas você vem mesmo?
Xoul Mexxxxmu AchixM
Rio Branco deserta. Eu, você e os Mendigos.
Ah, esse cara tem me consumido...
Kd vc?
Nada Pra fazer!:S
Eu sou a Lilly Braun.
Vai querer o histórico?
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Tá, tô te esperando.
I wanna suck your cock.
Jejejejejeje.
Cara, que tédiooooooo!
Então... Esse carinha... O que ele escreve. As coisas que ele escreve. Eu me apaixonei. E ele parece ser gatooooo...
-AUSENTE-
Cheeeeeese!

Pero no hay poya.

Valeu. Tô te esperando até agora!

L

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Bliss





Manhã e você pedindo pra nascer mais uma vez.
Solidão, que nada.
Mergulho na profundidade dos seus olhos risonhos,
Da sua boca, que me espera...
Só para brincar, tudo de novo.

Sereia dos cabelos negros, eu sou a sua namorada.
No meu caos supérfluo, você é a Deusa e a amante.
Entrego-me a você, de filha para mãe, Iara.
Feiticeira,
Do meu Mar.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Biltre ou Aurora Boreal


Saudade das tardes de gritos encantados,
Da dança descompassada,
Dos sorrisos depravados.

Da cola,
Da demora,
E da aurora boreal.

Ah, se você quisesse. E quis:
Você cantava: Não vá para Nova Iorque, amor, não vá...



Eu fui.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A carta

Da última vez em que nos falamos ao telefone, eu desliguei, mas não desliguei. Fiquei pensando em você e na história de amor que temos, que ainda não pode ter terminado. Você acha que as histórias de amor tem um fim? Eu desconfio muito do que Vinicius escreveu sobre imortalidade, perecibilidade...

Essas histórias de amor são interrompidas. Como uma vida, cujo corpo se enterra. Falamos sobre como estamos em consonância no despreparo e no colapso. Você pirou, eu falhei. Estamos, irremediavelmente viúvos. Arrumemos, então, meios para driblar o inevitável? Façamos uma festa para celebrar a ruína do cotidiano? Que nada... Vejo-me prostrada e enfraquecida diante dos fatos, que se transformam em dores finas e estridentes.

Inevitability. Sabíamos que fumaríamos cigarros. Éramos jovens magoados e prepotentes. Hoje, sou uma mulher ressentida e você, um homem manchado. Fracassamos no pão, no suor e nas delícias. Completamo-nos e repelimo-nos. Estamos por um fio. Estamos sós.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Um almoço

Desculpe, mas a verdade é que...

Não tenho a menor vontade de sentir seus sorrisos e sua opinião sobre o cinza da cidade onde moro.
Tampouco saber que a vida, apesar de dura, é bela e pródiga.
Digo não aos teus afagos, aos teus carinhos e à esperança honesta aparente em teus olhos.

Eu digo não porque é um direito legítimo e austero.

E eu não tenho nem a paz de ser infeliz?

Então tá. Façamos um almoço enquanto tapamos o silêncio com a tua dignidade.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Prosto-me diante da minha fraqueza,
e da felicidade-brinquedo.
A verdade é que me sinto a parte trágica de uma história corriqueira.
E infeliz, e atrás da porta.

Ok. Troco as doses de cianureto por seus sorrisos matinais, sereia.
Mas...

Existe sempre o mas.

sábado, 17 de outubro de 2009

Estava certo. Ele estava total e completamente certo. Haveria chance de alguma reaproximação diante de tanto vexame? Diante de tanta lágrima derramada? Davis não atendia mais suas ligações, tampouco lhe direcionava o olhar nas aulas de matemática. As aulas de matemática eram como missas. Missas sem olhares e apelos. Eva comedia-se e pensava que aquilo era fruto de seu erro, que era sempre o mal-amar. E, ainda que covarde diante de tanto não silencioso, ela o espiava no fundo da sala pintada de azul, branco e cinza. E, alheia às vozes satisfeitas e esfuziantes, escrevera, baixinho:

“Eu poderia ser a sua versão feminina".

Não era a primeira vez que perdia o maior-amor-do-mundo dos outros. E, resignada, sabia que nem valeria mais se ajoelhar aos pés daquele mundo estranho, com sede de passado. Os joelhos nem aguentariam mais, de qualquer modo. E também suas costas. Acostumou-se a se curvar diante das migalhas de afeto jogadas pelo chão que cismava em pisar.

Davis não entendera nada. A sinceridade dela. Amor não se inventa, ora bolas!